Molecada manda bem nas boas e grandes ondas da Joaca, onde o time da casa superou o de São Paulo por equipes.
Com ondas grandes e exigindo bastante dos atletas, terminou, neste domingo (20/05), na Praia da Joaquina, em Florianópolis (SC), o "Bad Boy/Rider", válido como terceira etapa do Circuito Brasileiro Amador, que, em seis etapas, havendo dois descartes, definirá os campeões brasileiros nas várias divisões da categoria amadora.
Abrindo as finais, vitória do paulista Adriano Mineirinho na iniciante. Seu vice foi Eduardo Rosenval (RJ) ,cria do sempre presente Rosenval e criado nas ondas de Saquarema. O cearense Pablo Paulino (3º) ainda tentou virar o jogo no minuto final, passando a surfar no inside junto a Pedra da Joaquina. Naquelas merrecas, nem fazendo um "rodeo clown" os juízes lhe dariam o 2,40 necessário. O que valia era ir buscar notas altas em altas ondas lá fora. O quarto melhor foi Júnior Faria.
Na seqüência, pesou a idade dos finalistas da Master - um peso a favor -, ficando David Husadel em quarto lugar. O terceiro, Carlos Caixote, ficou precisando de uma terceira onda, enquanto o atleta catarinense da 775, Saulo Lyra, superou todos ao obter um 8,25 em um tubo médio para a esquerda. Almir Salazar, vice na etapa e no ranking, ficou dependendo de uma nota que ele e muitos acharam que tinha vindo numa longa e distante esquerda.
Na mirim, o cearense Pablo Paulino voltou ao pódio para receber o troféu de quarto lugar. Thiago Bianchini foi o terceiro, enquanto Jean da Silva, catarinense como ele, só ficou atrás do campeão, o paulista Heitor Pereira.
Paulo Kid somou mais de vinte pontos para sua primeira vitória no Longboard Amador. Escolheu um excelente palco, Joaquina de Gala, no mesmo Estado onde apareceu em nível nacional, já que foi na catarinense São Chico do Sul que ele, ainda garoto, nos anos 80 , se destacou, sendo vice de importante torneio. O líder do ranking, Amaro Matos, foi seu vice e fez 9,0 em uma de suas ondas.
Na Júnior, Fernando Moura repetiu a vitória da etapa anterior no Ceará e se consolidou como nova força do Estado anfitrião da etapa. O surf veloz do garoto contrasta com sua timidez e fala mansa. Moura fez o outro 9,0 das finais e seu vice foi o paulista Sandino Horkne. Os gaúchos Claúdio Araújo e Gustavo Deutrich foram terceiro e quarto lugares e garantiram o Rio Grande do Sul num tri legal terceiro lugar por equipes.
No surf feminino, a novíssima geração mostrou disposição e foi a paulista Cláudia Gonçalves quem venceu, recebendo o troféu das mãos de Jaqueline Silva, maior representante do surf feminino brasileiro no WCT. Segundo o locutor Ilhéu, só se for na fita métrica, pois, dentro d’água, a valorosa Jackie tem o mesmo tamanho da cearense Tita Tavares. O locutor, no entanto, se redimiu das muitas abobrinhas que falou, ao pedir aplausos para a atitude e garra das meninas. A gaúcha Cassiana Bittencourt (4º) , a catarinense Juliana Quint (3º) e a capixaba Isle Pereira (2º) foram as melhores.
Na open, melhor para Saulo Júnior. O ubatubense competiu bem e foi o campeão na final na qual Guilherme Ribeiro quase deixa o título em casa. O terceiro colocado, o cearense Adilton Mariano, teve uma última chance de virar o confronto a seu favor. Ao pegar uma direita nos segundos finais, falhou e terminou levando o troféu de terceiro para o Rio de Janeiro, onde está radicado. Diogo Silva, em quarto lugar, foi o Espírito Santo na final das finais. Se faltou uma grande nota entre os finalistas open, é inegável que deles é que se exige mais. Ao longo do campeonato, é a performance deles que mais atrai o público e os atletas/companheiros de outras divisões. Serão seus lugares que, um dia, os atuais grometts, mirins e júnior estarão ocupando, em busca de ver reconhecido seu talento em um esporte que ainda vai ser motivo de muito mais orgulho para os desportistas brasileiros.
